Relatório da Organização registra 21 casos de violência sexual nos conflitos ao redor do planeta no ano passado
A Organização das Nações Unidas alerta para um “aumento dramático” de 50% de casos de violência sexual em conflitos em 2023 em relação ao ano anterior - e identificou 21 episódios que tiveram como alvo lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer e intersexuais. Os dados foram apresentados no fim de abril no Conselho de Segurança pela representante especial do Secretário-Geral para a Violência Sexual em Conflitos.
Pramila Patten destacou que as armas continuam fluindo para as mãos dos autores desses delitos e que a maioria das vítimas segue sem acesso a medidas reparação. Cerca de 95% dos casos envolveram mulheres e meninas. Em 32% das situações as vítimas foram crianças.
Pela primeira vez, o relatório contém uma seção dedicada a Israel e aos Territórios Palestinos Ocupados. Na sequência dos ataques de 7 de outubro liderados pelo Hamas contra Israel, o governo convidou a relatora para visitar o país.
A avaliação ressaltou que os atos podem estar ainda ocorrendo. Também documenta como a violência sexual restringiu o acesso das mulheres aos meios de subsistência e o acesso das meninas à educação em um contexto global de níveis recorde de deslocamento.